
Se pra conseguir as coisas foi sufoco, você não tem noção do momento “arrumando as malas sem previsão de volta". Faltando duas semanas para minha ida para a Espanha eu resolvi que tinha que começar a mala, logo eu que adoro “filosofar” nos questionamentos da vida, tratei logo de colocar em prática o momento “filosófico” na organização do que levar: Como saber o que levar pra um local que eu não faço a mínima idéia de como as pessoas se vestem, quais os hábitos, o que vendem nas lojas?
Me veio a cabeça que eu precisava resumir minha vida em uma ou duas malas e ainda tive esperança que caberia tudo em uma só. Triste ilusão!
As dicas do pessoal que já foi um dia e que já voltaram, assim como as pessoas que estão lá também cooperaram para o maior embaralhamento das minhas idéias: - Não leve nada, você vai comprar muita coisa lá; Ou então: - Coloque tuuuuudo na mala, você vai precisar muito das roupas de calor no verão; - Olhe, leve calcinha, pq calcinha lá é terríveeeel, ou é calçolão ou é FIO dental; - Você tá levando suas roupas de frio?! Tem que levar; o.O Pirei!
Enquanto eu fazia a mala, que refiz por, no mínimo, umas 4 vezes nessas duas semanas, me passava isso e outras milhões de coisas na cabeça; confesso que por muitas vezes pensei em não levar nada! Já que é pra mudar de vida, vamos fazer tudo novo e de outra forma! Mas hora ou outra aparecia o apego às minhas coisinhas.
Optei, por segurança e análise de riscos, colocar as roupas e utensílios que eu uso com mais freqüência e finalmente, consegui resumir minha vida antiga e uma suposta nova em 1 mala G (29kg) + 1 mala M (18kg) + uma nécessaire + 1 mochila com note e papeis. E ainda acho que ta faltando alguma coisa e ás vezes acho que tem coisa demais. Parece até que eu tô indo pro Deserto de Gobi.
Essa repensada na vida e no que as coisas materiais são dentro dela é um momento que eu considero muito legal e inclusive importante, nos faz, forçadamente, preparar o espírito para o novo intangível que nos aguarda longe da disponibilidade dos nossos pais, tios, avós, amigos, entre outras pessoas que são “salvadoras” dos acasos do nosso dia-a-dia. Tem que pensar mesmo é que agora “a parada” é só você e o desconhecido!
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